Desenho de uma mandrágora.
Fonte da imagem: http://thepoisondiaries.tumblr.com/post/28124883627/mandrake
Etimologia
A palavra mandrágora vem
do latim Mandragora que vem do grego mandragoras (mandrágoras). A origem da palavra grega é misteriosa. Para alguns,
mangrágora vem do nome do mandril em nam assírio. Para outros, a origem vem do
sânscrito Mandros que significa “sono”
e Ágora que significa “substância” = “substância
do sono”.
Ou
do radical sânscrito: MAD-inebriar; GAR-consumar; GARA- malícia, incorporado no
grego: Mandra e Agayrós- nocivo, noctívolo. Ou ainda do sânscrito: MADHIRA-
licor inebriante.
Ou
de origem africana: Mandraca, que
significa: beberagem de feitiçaria.
Mandrágora
em Francês é Mandrake, e em alemão é Alraune, antes chamada de Alruna, que vem de Runa que significa: mistério, coisa escondida. E somente depois a
palavra Runa passou a significar o
alfabeto nórdico.
Os
radicais gregos e sânscritos trazem um ar de mistério a palavra, seria mais ou
menos: planta da fantasia, licor da magia, licor nocivo ou algo associado aos
efeitos químicos da mandrágora.
A origem do nome, na
verdade, é tão confusa, quanto as lendas que cercam a planta.
Forma
É uma planta cujo caule fica embaixo do
solo, aparentando que as folhas brotem diretamente das raízes; se alta pode
atingir cerca de 30 cm e solta um cheiro forte e penetrante. A raiz de coloração
castanha pode atingir em alguns anos a impressionante marca de 60 a 80
centímetros de comprimento e em quilos. Sua forma é antropomórfica (possui ramificações
que lhe dão uma certa semelhança humana, aparentando ter um tronco, pernas e
até mesmo –
com muita imaginação – uma cabeça e órgão genital) e é por
isso a fonte de muitas lendas e superstições.
A raiz pode, ainda, ultrapassar um
metro de profundidade. As suas folhas são grandes e se assemelham as da alface,
atingem cerca de 45 cm de comprimento.
Classificação
São plantas que pertencem à família do
tomateiro e da batata-inglesa, família das solanáceas. Formam o gênero mandrágora.
Distribuição
É uma planta nativa do mediterrâneo,
encontrada no norte da áfrica (Argélia, Marrocos, Tunísia), sul da Europa (Itália,
Grécia, antiga Jugoslávia, Espanha, Portugal) e oriente médio (Israel, Jordânia,
Líbano, Síria, Turquia, Chipre).
Propriedades
farmacológicas
É uma planta rica em alcalóides psicotrópicos
(0,4% de alcalóides totais) e outras substâncias prejudiciais. Estas
substâncias parassimpaticolíticas (referente ao sistema nervoso autônomo) levam
a midríase e alucinações seguidas de narcose.
Por sua composição química, são plantas
sedativas; antiinflamatórias; hipnóticas; antiespamódicas; alucinógenas e
tóxicas, chegando levar a morte.
Dizem, ainda, que são afrodisíacas, e
seu uso, como tal, aparece em Gênesis 30:14 e Cantares 7:13; nos capítulos
desses dois livros da Bíblia são relacionadas a fecundidade (Gênesis 30) e ao
amor (Cantares 7).
Os médicos romanos usavam a mandrágora
como anestésico, e davam ao paciente um pequeno pedaço da raiz para mastigar antes
da cirurgia ou para o tratamento de dores crônicas, melancolia, entre outros.
Mandrágora associada à bruxaria
Diziam que
as bruxas passavam uma espécie de pomada feita de diversas ervas; entre as
quais a dulcamara, o meimendro negro, o acônito e a mandrágora; em suas
vassouras e em seus corpos, logo depois saíam voando.
No século
XVI (16), médicos fizeram experiências com essas ervas e testaram a “tal
pomada”. O resultado não foi outro: constataram que elas tinham elementos
químicos tão poderosos que levavam ao sono e a ter alucinações.
As ditas bruxas
passavam na pele e na vassoura e logo depois dormiam e sonhavam (supostamente
sonhavam que estavam voando).
A mandrágora é uma dessas
plantas que possuem elementos químicos, altamente, poderosos. Foi ao longo da
história endeusada e em torno dela existem inúmeras superstições.
Veja post: Mandrágora (folclore)