Cena da série The Walking Dead
Assim como Bram Stoker criou o arquétipo do vampiro de
beleza e vida eterna, sem alma, com associação ao demônio; o homem responsável
por criar os zumbis comedores de carne e parecendo deficientes foi George
Romero.
George Romero é um
gênio ingênuo. E zumbis andando por aí são fantasia, mas como diz aquele
ditado: “tem muita verdade na mentira”.
A origem dos zumbis remonta o folclore de alguns lugares do
mundo.
Os primeiros vampiros na Europa antiga eram cadáveres humanos que saiam
à noite de seus túmulos para sugar o sangue dos seres vivos, principalmente
humanos, mas animais também eram sugados, como ovelhas e vacas.
Nas lendas relacionadas ao vodu se pode trazer um corpo à
vida, mas não a sua alma.
Do mesmo modo na Europa antiga falava que se podia
ressuscitar uma pessoa, mas que ela vinha de um jeito ruim, como um demônio no
cadáver.
Foi bram stoker no seu famoso livro Drácula que criou o
arquétipo do vampiro belo, imortal e sem alma. Antes disso o vampiro era um
zumbi que estava amaldiçoado assim como o lobisomem por algo desconhecido.
Em 1968 dois amigos: George A. Russo e George Romero
lançaram a base do estereotipo do zumbi moderno, o filme Night of the Living Dead, traduzindo:
A Noite dos Mortos-Vivos.
O problema que enfrentaram foi que eles
perderam os direitos do filme devido ao fato de que a lei de direito autoral
nos estados unidos eram rigorosa demais e exigia um aviso no filme. Como o
primeiro nome para o filme foi um nome mais esquisito, a produtora decidiu
trocar e se esqueceu de colocar o aviso.
Dizem que George Romero criou os zumbis a partir de
um pesadelo que ele teve, em que os mortos voltavam a vida, andavam como
deficientes, gostavam de carne humana, só tinham o instinto básico da fome e
quem fosse mordido se tornaria um zumbi.
George A. Russo era apenas o argumentador, e criou parte do
enredo de Night of
the Living Dead. Inicialmente
George Romero não os via como zumbis, mas sim como demônios possuindo cadáveres
humanos.
O filme também era uma critica à guerra fria e a sobre as
conseqüências de uma guerra nuclear e a radioatividade, já que o fator
especulativo desencadeante dos mortos andantes que só tinham fome por carne ou
de insetos. Era uma suposta arma química no espaço que ativava o cérebro dos
mortos ou algum tipo de germe ativado por essa força nuclear.
Assim especulou-se que os germes sofreriam uma mutação no
corpo dos mortos e através do contato com saliva, sangue ou mordida uma pessoa
viva ficaria infectada.
Esse argumento radioativo foi apenas um argumento a mais.
George Romero também era contra o racismo e o protagonista do filme, Ben era
interpretado pelo ator negro Duane Jones.
Como o filme perdera os direitos autorais na suja lei
americana da época, Romero se viu numa briga com George Russo quando esse criou
em 1985, A Volta dos Mortos-Vivos, nesse filme os mortos falavam e queriam
comer cérebros humanos. O filme era mais infantil e trash e foi um grande
sucesso. Houve uma briga judicial entre Romero e Russo. Mas em 1991 eles
fizeram as pazes e criaram um remake dirigido por Tom Savini e distribuído pela
Columbia Tristar.
Com o domínio publico e a febre adolescente que os filmes de
Romero causaram, logo, logo surgiram seqüências não oficiais, a ultima é a
famosa série americana The Walking Dead cujo roteiro é elogiado pela sua trama.
Seja nos filmes de Romero ou até em The Walking Dead,
podemos crer que realmente o filme surgiu de um pesadelo de George, pois ele
somente conseguiu fazer sucesso com filmes de zumbi, mas há quem diga que isso
deu dinheiro o suficiente à ele.
Mas seria possível um
apocalipse zumbi?
Não da maneira como vista na criação de Romero, pois em
climas quentes os cadáveres entrariam em rápida decomposição devido à exposição
ao calor e ao sol. Assim se houvesse zumbis no Brasil, eles não duraria muito
tempo. Outra é que é necessário que as células estejam vivas e o sangue
coagulando para dar movimento ao corpo. De fato o apocalipse zumbi é mais
improvável do que possível de acontecer. Um cadáver andando por aí, seria o
mesmo que um carro sem gasolina.
A única possibilidade seria a raiva doença que afeta animais
e o homem, mas geralmente ela mais mata do que deixaria a pessoa como o zumbi.
O filme 28 Dias depois lançado 2002 pela Twentieth Century Fox é o único quadro possível de um especifico
apocalipse desse tipo.
George Romero é inegavelmente o Bram stoker dos séculos 20 e
21, mas se diz cansado demais para continuar com esse pesadelo de zumbis. E que
se tivesse escrito um roteiro como o Jovem George Lucas talvez tivesse tido
mais sucesso.