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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Anjo da Morte Ceifeiro

O Anjo da Morte pintura feita em 1890 por Evelyn De Morgan

Fonte da imagem: Wikimedia


O anjo da morte (Ceifeiro) é um personagem do folclore ocidental caracterizado por um esqueleto que usa capa preta e uma foice nas mãos. 

A figura do anjo da morte, como sendo um ceifeiro, teve início quando a peste negra assolou a Europa no século 14. Em gravuras e quadros desta época é comum ver figuras retratando a morte em cima de um cavalo com uma foice nas mãos.

Logo depois foi adicionada a figura do ceifeiro, o manto preto, provavelmente era o manto usado por muitos monges na época, eles usavam esses mantos, pois faziam grandes procissões, velórios e enterravam muita gente, por causa da peste.

O esqueleto representa a morte;
A capa preta, o luto;
E a foice, o objeto que a morte usa para tirar a vida.

O anjo da morte é um anjo enviado por deus para tirar a vida do homem. Com a foice ele corta o cordão de prata, este é chamado por muitos de cordão da vida. Um bebe só nasce se o anjo da vida nele colocar o cordão de prata (segundo simbologistas, o cordão de prata surgiu a partir da visão do cordão umbilical). 

Existem os anjos da vida, estes dão vida ao bebe dando lhes o cordão de prata; já os anjos da morte cortam o cordão de prata tirando a vida da pessoa. Depois que o anjo da morte corta esse cordão, o ser humano morre e sua alma sai pela boca, aí eles levam as almas ao Limbo ou ao Tártaro.

No Judaísmo e no Cristianismo, o nome do anjo da morte é Samael, esse é dito ser Lúcifer, o anjo caído, pois deus dá a vida ao homem e o diabo a tira. O autor da Epístola aos Hebreus declara que Satanás "tem o poder da morte" (Hb 2:14). No livro do Apocalipse, o profeta João, fala dos quatro cavaleiros do apocalipse, o último deles era chamado de morte.

“E então vi um cavalo esverdeado, e o seu cavaleiro era a morte, e o inferno o seguia de perto. A ele foi dado à quarta parte da terra para que matasse pela conquista, pela guerra e pela fome.”
Apocalipse 6,8
Outra aparição de um anjo da morte no Apocalipse da bíblia cristã se refere a um lindo anjo que tem uma coroa na cabeça e uma foice nas mãos, este é ordenado a matar todos os seres humanos, assim como se faz numa colheita (Ap:14,14-20). 

Ainda no cristianismo o arcanjo Miguel é visto como o Anjo bom da Morte (ao contrário de Samael, o anjo mal da Morte), carregando as almas dos defuntos para o céu. 

No judaísmo o anjo da morte não usa uma foice e sim uma faca. E segundo os ensinamentos judeus há seis anjos da morte: Gabriel sobre reis, Kapziel mais jovens, Mashbir sobre os animais, Mashhit sobre as crianças e Hemah sobre o homem e besta. No islamismo, Azrael é o arcanjo da morte.

 
Aparência

É descrito, como um esqueleto que usa uma capa preta com capuz e porta uma foice numa das mãos. Por ser um anjo às vezes é descrito como tendo asas negras, pois o preto representa a morte. Em figuras da idade das trevas era visto como um esqueleto com uma foice em cima de um cavalo, mais tarde foi incorporado capa preta e capuz negro.

 
Divindades da morte em outras mitologias

No folclore germânico a morte era um disfarce de Odin. O 'Grim' do inglês “grim reaper” (ceifeiro sombrio) deriva Grimnir, um dos nomes de Odin. 

Para os Celtas ela é Angeu ou Ankou para os bretões. Ela aparece como um homem ou um esqueleto com uma túnica com capuz preto, às vezes carregando uma foice, e monta numa biga em que ele recolhe os mortos. 

Os antigos eslavos viam a morte, como uma mulher que usava roupas brancas e que usava uma vara verde na mão. O toque da vara colocava o homem em sono eterno. Esta imagem sobreviveu bem na Idade Média, só sendo substituída no século 14, pela imagem do esqueleto com uma foice nas mãos (o Ceifeiro). 

A vida após a morte sempre serviu de consolo a aqueles que tinham medo de morrer. Os egípcios acreditavam que embalsamando os corpos, estes um dia voltariam à vida. Os gregos acreditavam nos campos elísios; os nórdicos sabendo que poderiam morrer nas batalhas consolavam os guerreiros dizendo que os bons guerreiros iriam para o Valhalla.

A igreja católica lucrou vendendo na idade média lotes de terra no céu, e muitas pessoas acreditavam que comprando seu pedacinho no céu, estariam longe de colocar os pés no inferno. 

Hoje a maioria acredita que talvez não haja vida após a morte, por isso é comum se ouvir: “Aproveita a vida, porque ela é curta...”

A crença contemporânea de vida após a morte está dividida: em espírita (adeptos do espiritismo) e céticos na crença da vida após a morte, porém acreditando em um ser divino. Já a crença que existe um ceifeiro como os europeus antigos acreditavam hoje só faz parte do imaginário das lendas contemporâneas (chamadas de lendas urbanas) e da cultura popular em mídia em geral (livros, filmes, etc...).