A área verde no mapa é
a área de abrangência da Civilização do
Vale do Danúbio (danubianos), conhecida pela antropologia como Europa Velha. A área amarela é a área de abrangência da Civilização do Vale do Indu (indianos). E a área em laranja é a região
de origem dos Arianos
(proto-indo-europeus) que estavam localizados nas estepes da Eurásia e em volta
do Rio Volga na Rússia.
Civilização do Vale
do Danúbio é o nome dado a um conjunto de culturas que estavam situadas nas
margens do rio Danúbio, principalmente nos Bálcãs e na Europa Central. Todas as
civilizações da antiguidade surgiram às margens de rios, esses eram perfeitos
para agricultura e para viver, assim como na Mesopotâmia (Rio Tigre e
Eufrátes), no Egito Antigo (Nilo), na China (Rio Amarelo) e também na Índia
(Rio Indu).
Civilização do Vale
do Indu (Indo) é o nome dado a um conjunto de cidades e culturas que
estavam localizadas nas margens do rio Indu (Harappa, Mohenjo-Daro...) e
estavam localizadas onde hoje é o Paquistão.
Essas duas civilizações eram avançadas e estavam baseadas na
arte e subsistência. Não chegavam constituir uma unificada civilização, pois
eram várias culturas e povos, mas que de certa forma tinha parentesco e estavam
entrelaçados, aliás, praticavam intercâmbio!
Ambas são comparadas à cultura sumeriana, que assim como
elas foi invadida por povos semitas e conquistada.
Contudo nessas duas civilizações quase não havia classes
sociais, as descobertas arqueológicas mostram que tanto a Civilização do Vale
do Danúbio quanto a Civilização do
Vale do Indu mostram casas praticamente iguais, e com pouquíssimas
diferenças físicas. As diferenças físicas das casas dessas civilizações provém
do esforço de cada morador, por exemplo, haviam casas de dois ou mais andares
nessas duas civilizações.
Escrita e números
A suástica aparece
primeiramente na Cultura Vinca, esta então pré-ariana. Ou seja: o símbolo da
suástica não surgiu com os arianos.
Na Cultura
Vinca que pertence ao grupo do Vale do Danúbio pré-ariano aparece uma
espécie de proto-escrita ou símbolos misteriosos e que pareciam ter uma função
que poderia ser religiosa, de escrita ou de números, entre os quais está a
suástica. A suástica tem sua primeira aparição na Cultura Vinca e logo depois
apenas foi adotada pelos arianos que invadiram o território dos Bálcãs e
tomaram como símbolo, outra é que pode ter havido intercâmbio cultural e
economicamente.
Alguns estudiosos acreditam que os símbolos Vinca podem
ter sido a espécie de hieróglifos ou ter funcionado como ideogramas orientais, ou
ainda ter formados sons, ou seja, as primeiras letras. A suástica, por exemplo
como ideograma, representaria o sol, o ciclo, o renascer e o vento. Mas a
chegada dos arianos à região obscureceu a Cultura Vinca e os símbolos e seu
fundamento foi esquecido, sabe-se apenas que a suástica está relacionada ao
renascimento e ao sol.
Fonte da imagem: http://en.wikipedia.org/wiki/Vin%C4%8Da_symbols
Na imagem: símbolos da
cultura Vinca que os arqueólogos não sabem qual fundamento tinha.
Já nas culturas do Vale do Indu nota-se os primeiros
exemplares de números e é inegável que a escrita Indu de caráter oriental (ideograma) e os números que
viriam a surgir na Índia não foram em hipótese nenhuma herança dos arianos.
Toda a cultura e povo indiano de hoje nada mais é do que a cultura do vale do
Indu refletida. Os arianos trouxeram o sistema de castas, uma influencia
linguística e alguns costumes que foram misturados com os dos indianos.
Mas no todo: a
sociedade indiana não teve a influencia hiper-cultural dos arianos, porque já
havia uma grande cultura na Índia.
Fim de duas grandes
civilizações
Com a chegada dos arianos as duas civilizações colapsaram,
contudo alguns estudiosos acreditam que a civilização do vale do Indu já estava
se rompendo e a falta de ordem social a destruiu. Já na civilização do vale do
Danúbio algo similar acontecia: havia uma super população e problemas de
organização. A civilização do vale do Danúbio e do vale do Indu eram
desorganizadas no final, já os arianos eram muito bem organizados e eram
militarizados (havia guerreiros, homens à cavalo que protegiam o povo de povos
inimigos e o povo do próprio povo).
Contudo existia um fator muito maior por cima do declínio de
duas civilizações, além da superpopulação, às margens de dois imponentes rios e
da dispersão dos arianos: o clima.
A superpopulação e a
mudança climática
O que levou os arianos à migrarem e declinou a civilização
do vale do Danúbio e Indu foi a superpopulação e o clima. Arianos, danubianos e
indianos tinham crescido populacionalmente e a Mudança
Climática fez os arianos se deslocarem para poder praticar agricultura e
também porque já não havia mais espaço pra todos no mesmo lugar. Já danubianos
e indianos como não andavam a cavalo ficaram à mercê do tempo e Harrapa (cidade
da civilização do Vale do Indu) foi abandonada, assim como Mohenjo-Daro tudo
por questões populacionais e climáticas.
Os arianos trouxeram uma sociedade organizada, fixa, com
poderio militar (proteção contra povos invasores), o gado e o cavalo.
Herança cultural
A herança mais notável é da civilização do vale do Indu que
hoje está refletida na Índia atual com sua cultura e tecnologia. Já a civilização
do vale do Danúbio parece ter caído na obscuridade, contudo suspeita-se a
origem do direito feminino nos povos arianos: havia mulheres citas guerreiras; havia mulheres celtas também e que também
possuíam quase os mesmos direitos que os homens; nos povos nórdicos-germânicos a mesma
coisa é observada.
A questão que fica é: o direito das mulheres na sociedade
ariana surgiu dentro da sociedade ariana? Ou foi herança dos antigos europeus? Romanos, gregos e persas não tinham tamanho
respeito por suas mulheres, e os três eram povos arianos. Os arianos eram patriarcais
e as mulheres dos líderes eram mortas junto com eles, contudo talvez a resposta
estaria no que tanto o folclore fala de mulheres ruivas de
temperamento difícil e obstinadas, mulheres essas que estavam na Alemanha e que
se misturaram com os nórdico-germânicos e celtas e mais tarde arderam nas
fogueiras da Europa da Idade Média por se oporem ao cristianismo.