uhmanoh: Atlas Geográfico Mundial Alternativo 2019-2020 - Gratuito – um atlas curioso para entender o desenvolvimento humano no mundo

Quando tive a ideia de criar esses mapas, nunca imaginei criar um post tão grande no meu blog ou um mini atlas. E tudo começou com minha paixão por geografia e ao seguir a página Mapa é Tudo no Facebook e Map Porn no Reddit. Enfim, criei meus próprios mapas; sempre dando ênfase a fonte da informação e uma reflexão que cada mapa trazia. Já que os mapas das páginas Mapa é Tudo e Map Porn pecavam por não mostrarem a fonte (o indice) usado para criação dos mapas.

Baixar todos os mapas do post: download (arquivo.zip)

Sobre a classificação alta-média-baixa na legenda dos mapas

Optei por criar na maioria dos mapas a classificação alta-regular-baixa, porque se assemelha mais ao sistema de porcentagem e por ser mais simples de se entender. Na classificação alta e regular: busquei escolher o menor número de países para dar ênfase aos países que se destacam no desenvolvimento humano (classificado como altos) e os que estão se esforçando (regulares). Já os países com classificação baixa são maioria, porque o enfoque, como já dito, é nos países que estão cumprindo seu papel econômico e social e para que os países classificados como baixos se esforcem para melhorarem.

Contudo existem mapas sem o sistema tripartite (alto, médio e baixo de classificação) e com mais de 3 legendas, se aproximando da exatidão; lembrando que nenhum mapa ou gráfico substitui o índice como medida mais correta e aproximada de comparação, análise e conclusão.

Há de se lembrar também que não se deve generalizar, já que tanto os índices como os gráficos e os mapas mostram a forma (biologia) e o comportamento (sociologia) da maioria da população.

Cores

Embora, muitas vezes, o verde possa ficar melhor nos mapas, optei em utilizar o azul por causa das pessoas daltônicas; já que o vermelho não poderia ser dispensado.

As cores frias sempre são preferência para indicar os países que se destacam, por transmitirem calma e harmonia. Ao passo que amarelo indica meio-termo e vermelho excesso. Você não vai ver um hospital pintado de vermelho! Mas verá sem dúvida um motel, pois vermelho é uma cor quente!

O sistema tripartite de cores é também baseado no semáforo, onde azul significa siga, amarelo = atenção e vermelho = pare.

Terra – o ambiente perfeito para abrigar vida

O sistema solar é formado por 4 planetas rochosos e 4 planetas gasosos. A Terra é um dos quatro planetas rochosos do sistema solar e sua localização faz com que haja harmonia para vida, já que não está tão próxima do Sol e isso a tornaria seu clima muito quente e portanto inóspita. E ela, também, não está tão afastada - o que a faria ser gelada o suficiente para poder abrigar a vida como conhecemos.

Se a vida na Terra se deve a sua órbita nem tão próxima, nem tão distante; poderia o desenvolvimento humano estar relacionado também ao clima ou a influência do Sol?

Sistema solar com seus 8 planetas conhecidos. (Montagem/ fonte das imagens dos planetas: NASA Solar System).

70% da superfície terrestre é coberta por água, dos 30% que sobra: 20% são zonas ainda não habitadas e desertos e o homem ocupa apenas 10% da superfície de terrestre (fonte).

A clássica foto da Terra, onde aparece o continente africano, tirada pela Apolo 11 em 7 de Dezembro de 1972. / Créditos: https://visibleearth.nasa.gov/images/55418/the-blue-marble-from-apollo-17/55420l

A Pegada Humana no Mundo mostra o impacto ambiental causado urbanização ou exploração feita pelo homem na superfície terrestre.
Mapa interativo da pegada humana no mundo: clique aqui

Buscando a origem do desenvolvimento humano

Muitos livros didáticos de geografia nem sequer vão a fundo no desenvolvimento humano e talvez isso se dê por dois motivos: ou é porque os autores são ruins demais (e no Brasil o que não falta é professor-doutô burro ou analfabeto funcional total) ou por causa do seu esquerdismo psicótico que o faz ignorar os crimes que o socialismo e o comunismo cometeram no mundo; já que a fórmula do desenvolvimento humano está mais ligada ao liberalismo social e econômico do que num estado centralizador (socialista).

Esse é o famoso mapa mundi que tão conhecemos na escola, mas além dos limites de cada país e de suas peculiaridades geográficas, podemos conhecer muito mais do que suas localizações e seus limites!

O ambiente

Uma das teorias mais antigas a respeito sobre o desenvolvimento humano, encontramos nos livros de história: toda a civilização antiga prosperou nas margens de algum rio. O clima também mais quente de certa maneira nunca ajudou os africanos a terem uma civilização grandiosa, e o Egito antigo não se encontrava na região dos trópicos, mas acima do Trópico de Câncer.

Nem mesmo no Sul quente da Índia, os drávidas, que por lá viviam, preferiam regiões mais litorâneas para construir seus templos. Os maias e astecas se encontravam perto do Trópico de Câncer, numa região não tão quente e os incas não sofriam com o calor tortuoso, já que a altura dos Andes amenizava o calor.

O desenvolvimento humano nas grandes civilizações antigas se situou acima do Trópico de Câncer se estendendo no máximo até o paralelo 45º acima do mesmo Trópico. Primeiro por motivos de migração: o homem saindo da Africa e se espalhando mundo afora. Segundo: por causa do clima nem tão quente, nem tão frio - típico das zonas subtropicais.

Nesse mapa podemos observar as nuances físicas (relevo) da América do Sul e a famosa cordilheira dos Andes.
Créditos da imagem: https://mapswire.com/south-america/physical-maps/

E nesse o relevo global. Quanto mais alto for um terreno mais frio ele será, por isso nas montanhas sempre cai neve, na cordilheira do Himalaia, por exemplo, é extremamente frio. Já nas grandes planícies ou depressões o clima tende a ser mais quente, como na região do rio Paraná no Norte da Argentina e no Paraguai cuja as temperaturas se elevam ainda mais porque a região não tem costa, ou seja: não tem acesso ao mar e tem territórios mais altos barrando os ventos marítimos.

Créditos: https://www.pbslearningmedia.org/resource/buac17-35-sci-ess-glblmtnranges/global-patterns-of-mountain-ranges/

A maior porção de terras do planeta se encontra no hemisfério Norte. Por exemplo, o paralelo 50º no hemisfério Norte corta o Norte da Europa (este, lar dos povos germânicos e nórdicos) e praticamente delimita os territórios de Rússia e Canadá – esse paralelo também indica os países mais frios e onde as nevascas são maiores.

Fonte das imagens: https://visibleearth.nasa.gov/collection/1484/blue-marble

A linha do Equador não só nos mostra qual hemisfério tem a maior porção de terras, mas também serve como um termômetro – já que quanto mais próximo da linha do Equador mais quente será um território e quanto mais afastado: mais frio.

Os países nórdicos e anglo-saxônicos, tão cultuados mundo afora, só se desenvolveram na Idade Média; antes disso os bárbaros de pele clara, cabelos loiros e olhos azuis eram tão ignorantes quanto qualquer africano ou ameríndio da época das grandes navegações.

Isso se deveu ao fato de que a região Norte da Europa tinha invernos muito rigorosos, enquanto Grécia e Roma, bem mais ao Sul e muito mais quentes, desfrutavam do grande Mar Mediterrâneo cuja as águas não só serviam de reguladoras térmicas, mas também serviam de rota marítima comercial com o Oriente Próximo que naquela época era o centro da cultura no globo.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Weichselian_glaciation

O Norte da Europa já foi coberto anos inteiros por neve e frio no período da última idade glacial que teve inicio em 115.000 a.C. e fim em 11.700 a.C. - Os primeiros homo sapiens que entraram na Europa jamais habitaram o Norte dela, se situaram no seu Centro ou no seu Sul. Somente depois das migrações proto-indo-europeias que os germânicos-nórdicos, um dos clãs proto-indo-europeus, vieram a se instalar na Dinamarca e no Sul da Suécia em 1000 a.C.

Luigi Luca Cavalli-Sforza no livro History and Geography of the Human Genes e em Genes, Povos e Línguas defendeu que a inteligência humana não está na raça, mas na cultura e na disseminação de informações que mais tarde Richard Dawkins no livro O Gene Egoísta chamou de memes. Os memes nada mais são do que informações, descobertas e ideias que uma pessoa passa para outra. Enquanto o gene é responsável pela característica física, os memes são responsáveis pelas características culturais de uma determinada população.

Quando o nordicismo tinha tomado a Europa no século XX, o antropólogo italiano Giuseppe Sergi, brilhantemente, ironizou que não se recordava que as civilizações da Mesopotâmia, Egito antigo, Índia, China antiga e Japão antigo terem traços nórdicos; pelo contrário, os egípcios, por exemplo, eram quase negros. Os traços negros do faraó Akhenaton, de fato, só se deveu depois que os núbios, esse sim um povo negro, conquistaram o Egito.

Antropólogos estrangeiros visitando o Rio Grande do Sul comprovaram que os memes são mais importantes que os genes na inteligência de um individuo; pois os descendentes de alemães que ali viviam não só eram mais pobres materialmente como eram dez vezes mais ignorantes que os descendentes de alemães que viviam na Alemanha, Estados Unidos e Austrália - países onde a educação e o desenvolvimento humano são infinitamente maiores.

Mas nem precisaria ver para saber, nenhum império da antiguidade se formou apenas pela força. Os sumérios tinham bibliotecas, os egípcios tinham uma classe só de escrivães (os escribas), Atenas priorizava o saber, Roma reinventou o alfabeto e o império britânico só se empenhou nos estudos depois da derrota na Guerra dos 100 Anos contra a culta França que exerceu sua hegemonia cultural até o século XIX (19), sendo por fim substituída pelo Reino Unido e Estados Unidos.

Esse é o verdadeiro mapa mundi feito com imagens de satélite pela NASA.

Fonte das imagens: https://visibleearth.nasa.gov/collection/1484/blue-marble

Mas em 1 de Fevereiro o verdadeiro mapa estaria assim: é inverno no hemisfério Norte.

Em 2 de Maio

Em 3 de Junho, e note que a neve recuou no hemisfério Norte. Por lá será verão!

Em 4 de Julho o mundo está assim!

Em 4 de Setembro

Em 6 de Dezembro

Nesses dois videos (abaixo) podemos entender melhor como o frio e a neve ocorrem no globo e na América do Norte.

Fonte dos videos: https://svs.gsfc.nasa.gov/10850

Ambientes desérticos, mas desenvolvidos

Quem imaginaria que a região desértica de Los Angeles nos Estados Unidos seria próspera e desenvolvida? Quando os casinos foram proibidos nos Estados Unidos, houve a ideia de colocá-los numa região que não produzisse riqueza alguma: nos desertos. Há de se lembrar, também, que hoje o governo dos Estados Unidos pagam para estadunidenses irem morar no Alasca, região fria e quase desértica pertencente ao país.

Também a Suíça, um paíszinho insignificante, viu sua população e nação prosperarem quando diminuiu ao máximo que pode seus impostos. Depois de perder os Estados Unidos e com a morte de 3 milhões de fome na Irlanda sob julgo britânico, o Reino Unido resolveu aderir as ideias liberais de Adam Smith para suas colônias. Uma ilha feita apenas de pedras se tornou um poderoso porto comercial chamada Hong Kong.

Uma insignificante ilha, perto da imensa Indonésia, se tornou também um porto ultramarino britânico de excelência que hoje conhecemos como Cingapura. Mais tarde um gelado e inóspito Canadá se tornou quase tão desenvolvido quanto a terra do tio Sam, sua vizinha, e a Austrália desértica e a isolada Nova Zelândia se tornaram tão prósperas quanto seu país fundador, o Reino Unido.

A Irlanda conseguiu se libertar do julgo inglês, mas agonizou por muito tempo sobre a pobreza e a concorrência de outros países. E a solução? Aderir ao liberalismo de Adam Smith mais uma vez e assim saiu da pobreza até mesmo cultural que se encontrava, até uma famosa cantora chamada Enya encontrou espaço no liberalismo global.

Então a ideia de que a geografia e o clima são empecilhos não servia para Suíça, Cingapura, Austrália, Nova Zelândia, Canadá e Irlanda.

A riqueza natural também não é mais de grande valia na era da tecnologia. Israel, na ausência de água doce, dessalinizou a água do mar e é o único país do Oriente Médio que concilia desenvolvimento humano com uma democracia legítima. Os países mais gelados do planeta aprenderam a aquecer suas casas com energia elétrica, aumentaram o investimento em obras na mesma e diminuíram os impostos para que ninguém morresse de fome e frio.

O liberalismo em países desinteressantes comercialmente

No mundo o liberalismo puro só é adotado em países desérticos (Qtar e Bahrain, por exemplo), longínquos (Austrália e Nova Zelândia) ou que ninguém tem interesse (Canadá, Irlanda e Cingapura).

No hemisfério Sul só existem dois países desenvolvidos: Austrália e Nova Zelândia e acredite: nenhum dos dois seria desenvolvido se não fosse o liberalismo. A distância geográfica que existe entre esses dois países e as prósperas América do Norte e Europa é algo descomunal, e não se encontram muito próximos dos portos chineses e japoneses como Hong Kong e Cingapura. Austrália e Nova Zelândia estão mais ao Sul, e embora possam ter certo acesso as ilhas do pacifico, essas ilhas não tem muita coisa a oferecer a não sombra e água fresca (turismo).

O sucesso de ambos não está só no liberalismo econômico, mas também no tipo de colonização, os dois países eram portos comerciais e colônias de povoamento – um meio sofisticado que o Reino Unido usou em todas suas ilhas (ilhas Falklands e ilha de Santa Helena por exemplo).

A permanência desses dois países no Reino Unido e na Commonwealth of Nations (tradução: Comunidade de Nações - que liga as antigas colônias britânicas) também foi fundamental para educação dos australianos e neozelandeses, já que parte dos livros e do conhecimento no mundo nos séculos XIX (19) e XX (20) estavam nas mãos dos ingleses que também tinham o maior império ultramarino do planeta.

No Brasil a única coisa que existe de liberal é a Zona Franca de Manaus que isenta de impostos os produtos fabricados por lá e fora criada para desenvolver a região amazônica. Muitos especialistas defendem há décadas medidas liberais para o Nordeste – onde seria uma região isenta de impostos e única região onde os casinos fossem permitidos no Brasil, copiando o modelo norte-americano; se tornando assim uma região turística para gerar sua própria riqueza. Contudo o Nordeste dos coronéis e dos políticos corruptos precisa de uma população miserável para depender do estado e para votar – o voto de cabresto – e é por isso que o socialismo é tão popular nessa região.

O baixo desenvolvimento humano na região entre os trópicos

É um fato que o calor é um empecilho maior que frio! Pois num país temperado, durante o inverno, as pessoas se aquecem trabalhando; enquanto num país tropical o superaquecimento corpóreo pode começar com uma simples preguiça e terminar em desmaio. O número de insetos também é maior afetando plantações, como as temidas nuvens de gafanhotos tão mencionadas no Egito antigo e terminando num mosquitinho bem peculiar: o aedes aegypti. Esse causador de sérias doenças como dengue, malária, chikungunya e do zika vírus. Sem falar do famoso barbeiro, causador da doença de chagas.

A temperatura no mundo

Fonte: https://www.reddit.com/r/MapPorn/comments/52au89/global_annual_average_temperature_map_8640x4320_os/

Mas não coloquemos a culpa no clima! Cingapura, as Maldivas, Turcas e Caicos e a Polinésia Francesa ficam nas regiões tropicais e mandam um alô, comprovando que é possível um país ser desenvolvido num clima quente. Cingapura tem um liberalismo fortíssimo, já as demais vivem do turismo e de fortes investimentos no mesmo.

A temperatura e a salinidade da água do mar são decisivas para a pesca e para o turismo. A clorofila (substância de cor verde que as plantas terrestres e marinhas possuem e que também pinta a água do mar, deixando-a esquerdeada) indica maiores concentrações de flora marinha – limo, algas e fitoplancton. O fitoplancton é extramemente útil porque absorve CO² da camada atmosférica e expele oxigênio, sendo responsável pela produção de 98% do oxigênio do planeta – por isso que dizem que o pulmão do mundo está nos oceanos e não na Amazônia!

Nas regiões temperadas do globo onde a água dos oceanos é mais fria há uma concentração absurdamente maior de clorofila e isso indica uma maior concentração de flora marinha e de fitoplancton, por isso essas regiões possuem um ar de maior qualidade - fruto de quantidades maiores de oxigênio. Essa flora marinha também é a base da alimentação da fauna marinha, os pequenos e médios peixes se alimentam de limos, algas e fitoplancton. Por isso nas zonas temperadas existe um número maior de peixes, até mesmo de carne com melhor qualidade, do que nas zonas pobres em clorofila – caso da Noruega que possui os peixes com maiores concentrações de ômega 3 no mundo.

Temperatura das águas dos oceanos. Quanto mais vermelho mais quente, amarelo= subtropical, ciano frio e azul escuro mais frio. / Créditos: https://svs.gsfc.nasa.gov/3652

Clorofila nos Oceanos do mundo. Vermelho representa quantidades gigantescas, verdes= quantidades elevadas, cianos= quantidades pequenas e azuis e roxos= sem clorofila.

Créditos: https://earthobservatory.nasa.gov/images/6735/a-world-of-chlorophyll

Já os mares tropicais são infinitamente mais pobres em flora e fauna maritima porque possuem temperaturas maiores e maiores concentrações de sal na água e por conta disso suas águas não são frias e tendem a serem limpas ou cristalinas favorecendo o turismo – as ilhas do Caribe e a da Polinésia Francesa são um exemplo disso. Embora conte com pouco peixe para alimentar suas populações, o clima tropical favorece a agricultura e as famosas frutas tropicais. Então a economia de uma ilha caribenha se centrará mais na agricultura e no turismo.

O sal nos oceanos do mundo. No mapa representado pela cor branca (grande quantidade) e azul claro (quantidade razoável). Azul representa pouco sal e azul escuro= nada ou quase nada de sal na água

Fonte: https://svs.gsfc.nasa.gov/3652

Fonte: https://earthobservatory.nasa.gov/global-maps/MY1DMM_CHLORA/MYD28M

Fonte: https://earthobservatory.nasa.gov/global-maps/MY1DMM_CHLORA

Depois de analisarmos os aspectos físicos, agora vamos para as medidas sociais:

Se tratando de desenvolvimento humano começamos a observar a qualidade de vida. Mas quais os fatores que estão por detrás dessa qualidade de vida? Pois aí, começa nossa jornada:

E a primeira coisa que é fundamental é a economia! É um fato que os países mais liberais em economia são mais desenvolvidos, pois as pessoas não precisam de um governo cheio de leis atrapalhando elas de conseguirem um emprego ou de abrirem seu próprio negócio.

Contudo de nada vale ter dinheiro e não ter liberdade! O Qatar, por exemplo, não tem imposto sobre o consumo (não existe tributação em nada que se compra) e um rico pode relaxar por não ter que pagar imposto de renda (o que pode ser um grave erro porque aumenta a desigualdade social), mas as leis muçulmanas tornam um inferno a vida da população em geral.

Então do que vale dinheiro se não você não tem liberdade?

Note que os países nórdicos que sempre foram exemplo de desenvolvimento, também não aprovam o uso do flúor na água. Isso por dois fatores: 1º porque não existem evidências suficientes da eficiência do flúor no combate à cárie e 2º porque viola o direito da população em usar ou não uma substância que pode ser nociva à saúde. Entra no 2º motivo a tão poderosa liberdade!

A base da liberdade individual parece estar relacionada a família. O historiador francês Emmanuel Todd comprovou no livro L’Origine des Systèmes Familiaux (tradução: A Origem dos Sistemas Familiares) que existem diferentes sistemas familiares no mundo e que os sistemas familiares: nórdico e anglo-saxão priorizam a liberdade individual no seio da família, pois os filhos saem de casa assim que atingem a maior idade e o núcleo familiar é centrado apenas na figura do pai, da mãe e do filho. Diferentes dos demais sistemas onde há a interferência de um ou mais parentes nas ações da família e sobre uma aliança comunitária familiar. Uma família italiana tende a ser mais controladora do que uma família inglesa, por exemplo; pois o filho continua residindo com os pais e os tios e os avós se intrometem com ações ou apenas palpites e cria-se todo um ambiente repressivo a liberdade individual.

Sistemas familiares na Europa segundo Emmanuel Todd.

Créditos: https://hbdchick.wordpress.com/tag/jury-trials/

Jovens adultos (entre 25 e 34 anos) vivendo com os pais

Fonte: https://www.reddit.com/r/MapPorn/comments/1vz6wr/share_of_young_people_in_the_eu_aged_2534_who_are/

A fórmula do sucesso das colônias britânicas de povoamento está no fato de que as famílias eram entidades independentes e a comunidade era formada por diferentes famílias que se ajudavam dentro do possível, ou seja: uma verdadeira civilização. Embora fosse um ambiente mais livre para os individuos, o sistema anglo-saxão ainda se encontrava preso ao dogmatismo protestante que condenava a morte os homossexuais, igual ocorre ainda no Oriente Médio muçulmano (a religião e o estado sempre matando sobre pretexto de propósitos “maiores”)! Mesmo depois dos horrores dos campos de concentrações nazistas, os britânicos ainda insistiram em punir os homossexuais que por lá nasciam. Um grupo de estudiosos nos Estados Unidos haviam observado que o comportamento fascista era extremamente comum na sociedade norte-americana da qual boa parte de sua população descendia também de alemães. Mas não nos esqueçamos: os anglo-saxões também eram um povo nórdico, que são uma das diversas ramificações dos proto-indo-europeus.

Sistemas familiares no mundo

Fonte: http://www.jeuxvideo.com/forums/42-51-50558579-1-0-1-0-officiel-cercle-d-etude-toddiennes.htm

No Chile, palco dos protestos de Novembro de 2019, uma mulher pobre não tem liberdade de abortar e isso gera pobreza, pois faz com que parte da população viva em favelas e sem poder ascender socialmente. Não é a toa que o país vive um mar de protestos por melhores condições de vida. Vale lembrar que dinheiro não é tudo! Um pai e uma mãe que tenham condições financeiras de ter uma criança, podem não ter condições psicológicas para saber lidar com um filho – algo muito comum em famílias de classe média alta cujo os filhos buscam em falsos amigos o amor que não encontram em casa e por fim esses “amigos” os introduzem no mundo das drogas.

Se o liberalismo econômico não funciona quando não anda com liberdade social, o mesmo acontece com o poder de compra e o custo de vida. É quase uma ilusão! O poder de compra que deveria ajudar o individuo a viver melhor e a liberdade social para viver como e onde quiser é ainda um dos grandes problemas do capitalismo nú e crú. Contudo viver num país com melhor poder de compra e maior custo de vida é melhor do que viver num país onde ambos não caminham lado a lado; como na Itália, onde o poder de compra é péssimo e o custo de vida é alto!

É um fato que onde as pessoas vivem melhor é justamente onde tem um maior poder de compra e onde os ricos pagam mais impostos, contudo como já disse: existem outros fatores que contribuem no desenvolvimento de uma nação!

Esse imposto de renda pode ser aplicado tanto numa melhor saúde e educação, quanto na infraestrutura do país.

O antigo sistema de ferrovias não está sempre relacionado com a nova infraestrutura

Créditos: https://www.reddit.com/r/brasil/comments/8nx56n/mapa_das_ferrovias_do_mundo/

Mas também é necessário ter um bom acervo de livros, um forte mercado editorial e um bom acesso a internet que é a nova biblioteca da vez, onde todo o mundo pode ter acesso, consultar a qualquer hora do dia e sem pagar nada pela informação!

Uma velocidade maior de internet garante não só excelentes videochamadas, como acesso a filmes, séries e documentários; além da substituição dos blogs pelos vlogs (vídeos feitos por pessoas) e podcasts (áudios para se ouvir) que criam uma independência e liberdade de informação – é o inicio do fim da mídia, onde indivíduos trocam informações sem passar por emissoras de rádio e TV tendenciosas e manipuladoras. A queda no preço das TVs por Assinatura se deveu ao aumento da velocidade da internet e seu custo acessível. Embora tudo isso pareça maravilhoso, a internet se tornou uma nova TV – onde besteirols (caso dos vlogs) ganham destaque por oferecer uma breve distração temporária ao cérebro tão saturado de informações ou trabalho e também abre espaço para absurdas teorias da conspiração como a da terra plana.

Os países mais desenvolvidos do mundo são os que menos dependem dos recursos naturais e também os que mais consumem energia elétrica.

Porém essa independencia dos recursos naturais gera um problema chamado: uso da energia nuclear. Nós já sabemos como isso já acabou (Chernobyl e Fukushima).

Contudo se usarmos energias renováveis, diminuirá a poluição! Nos países frios os ventos são mais fortes e a energia eólica é uma excelente opção sem impacto ambiental e sem risco de radiação; já nos países tropicais a bola da vez é a energia solar, porque o sol marca presença constante entre os trópicos.

Mapa interativo do poder do vento: https://globalwindatlas.info/

Mapa interativo da radiação solar: https://globalsolaratlas.info/

Há muita hipocrisia quando se fala do desmatamento nos países subdesenvolvidos, já que os ativistas europeus parecem ignorar o fato de que os desenvolvidos europeus derrubaram a floresta velha da Europa Antiga (hercynia silva) e boa parte da vegetação natural da Europa. No Brasil a devastação da mata atlântica é dez vezes pior do que a pegada humana na Amazônia que se mostra insignificante perto de outros desmatamentos ao redor do mundo, como na China, Índia e Europa.

Mapa: desmatamento desde 7.000 a.C. no mundo.

Fonte: http://www.holtz.org/Library/Images/Slideshows/Gallery/Maps/

Florestas no mundo hoje (FAO 2006)

Créditos: http://www.fao.org/forest-resources-assessment/past-assessments/fra-2005/maps-and-figures/en/

A fórmula do desenvolvimento humano são pessoas ricas e país pobre e não o contrário: um país rico e uma população pobre. Comparada ao Brasil a Islândia é extremamente pobre, mas a população islandesa é extremamente desenvolvida em relação a do Brasil. Não é dividir a riqueza de um país com seus cidadãos como os socialistas defendem, mas isentá-los de tantos impostos para que possam viver com maior liberdade e tendo um estado mínimo e necessário para garantir que a lei seja cumprida e para que não haja injustiças sociais.

Com a liberdade econômica e social certa teremos força de trabalho, baixo desemprego e uma diminuição do emprego na agricultura, o que significa que o país será mais industrializado e portanto mais tecnológico. Também tratará melhor seus idosos, com um sistema de aposentadoria mais eficiente.

O liberalismo econômico e social não só traz o beneficio capital, mas o minimo em leis que garantam que as ações humanas sejam menos complicadas (menos burocracia), um melhor entendimento das leis e uma corrupção mais fraca por se ter um estado bem limitado e menor. Uma empresa e um empresário corrupto irão a falência; já um país, geralmente, irá tirar mais e mais de sua população a fim de ressarcir os cofres do estado.

Contudo tamanha liberdade social tem seus problemas. Fast-foods não taxados geram obesidade, uma grande liberdade sexual e famílias desestruturadas geram surtos de HIV.

Um dos pontos positivos do judaísmo e do islamismo foi a disseminação da circuncisão que tende a evitar ou diminuir doenças sexuais. O islamismo embora tenha regras sociais que imunizem de certa forma a sociedade muçulmana contra o HIV, vê países muçulmanos ortodoxos como Irã agonizar com o vírus e dar vazão a uma alta natalidade ocasionando milhões de crianças pobres e com fome.

Enquanto os países subdesenvolvidos tem um maior número de jovens em relação aos idosos, o oposto ocorre com os países desenvolvidos que se veem obrigados a permitir a entrada de imigrantes para trabalhar e ter família – caso do Canadá - ou adotar um sistema que paga bem as mulheres que desejam engravidar, caso da Dinamarca.

Esse alto número de idosos nos países também será mais atingido pelo câncer, já que é uma doença relacionada a idade; mas também pela falta de Sol nos países temperados, pois a vitamina D é um dos maiores antídotos contra o câncer e contra doenças autoimunes - chamadas de doenças modernas.

Em vermelho: os lugares onde a esclerose múltipla, uma das piores doenças autoimunes, mais ocorre - note que são regiões de clima frio (de pouco sol).

Fonte: https://library.med.utah.edu/kw/ms/mml/ms_worldmap.html

Embora os países entre os trópicos (conhecidos como tropicais) sejam abençoados com o Sol e com a vitamina D que seus raios UVB fazem o corpo humano fabricar, isso traz também vida a milhares de insetos, como o mosquito aedes aegypti que gera as duas piores doenças tropicais conhecidas: a dengue e a malária.

Mapa interativo: https://healthmap.org/dengue/en/

A pobreza de inteligência também traz a pobreza física e ambas contribuem para a proliferação da meningite. E não somente isso! As pessoas se jogam nas drogas, no tráfico, na criminalidade e por fim acabam encontrando seu fim. Existe ainda uma extensa relação entre tráfico de drogas, roubos e homicídios.

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Meningitis

A saúde ainda não é universal e nenhum pouco boa nos países subdesenvolvidos. Os Estados Unidos possuem eficientes planos de saúde, mas tem uma parcela significativa da população sem acesso a esses planos e sem nenhum seguro de saúde. O Obama Care, por exemplo, foi um programa que visava atender a população que tinha menos condições de pagar por um plano de saúde.

A altura humana é um excelente marcador de desenvolvimento, contudo os países altos foram representados de vermelho pois embora ela esteja ligada em parte a boa nutrição, está mais ligada a fatores genéticos e sexuais e tem impacto significativo na qualidade de vida com o passar dos anos - homens mais altos a partir dos 30 anos tem mais chances de sofrerem por problemas de saúde relacionados a má circulação sanguínea e problemas ósseos devido a gravidade. De certo modo a altura humana excessiva é quase igual a obesidade, só que é oposto desta pois uma boa alimentação pode te deixar mais alto e uma má, mais gordo.

Mas é um fato que os países onde as pessoas crescem alguns centímetros ao passar das décadas indicam uma boa nutrição, menor sedentarismo e um melhor desenvolvimento humano. Japão, Tailândia, Cingapura e Coreia do Sul tem pessoas mais altas em comparação com os demais países orientais que são absolutamente mais pobres que eles. A altura só aumentou na China nas ilhas de Hong Kong e Taiwan que são mais independentes do regime comunista chinês, altamente repressivo. Todavia, como já dito, boa parte da altura humana ainda é genética, a região dos Alpes Dináricos com seus homens altos e a França com seus homens baixinhos não nos deixam mentir.

Os africanos parecem ser realmente mais sexualizados. Suas mulheres tem seios mais grandes e os homens pênis maiores. De fato uma alta sexualização da sociedade tende a ser mais prejudicial do que benéfica; pois aumenta a natalidade gerando pobreza, irradiando doenças, algumas dessas sexualmente transmissíveis (DSTs) e tornando a sociedade conturbada por conta de abusos sexuais. O uso das vestimentas muçulmanas, por exemplo, se deveu possivelmente a dois motivos: 1º proteger as pessoas do Sol escandante do deserto e 2º por conta da alta sexualização dos povos árabes – isso foi um meio que os árabes acharam de conter fortes impulsos sexuais. Contudo lembremos que as mulheres européias já usaram longos vestidos também e boa parte do sexo está na cabeça (o que a psicologia chamou de: fetiches).

Outrora liberal, agora vemos um Estados Unidos protecionista formando os QUADS e uma China, que era comunista na economia, se tornar liberal (querendo negociar com todo o mundo).