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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Origem da expressão: “corram para as colinas!”

A região de Terras Altas na Escócia conservou boa parte do antigo folclore celta por ser uma região montanhosa e isolada. Imagem: Wanderlusters.

"Corram para as colinas": Essa expressão se popularizou por causa da música Run to the Hills (Corram para as Colinas) da famosa banda de rock Iron Maiden, mas o que poucos sabem é o real significado da expressão.


Significado da expressão

A frase em suma significa: “vão para um lugar seguro”. Isso porque as colinas sempre foram lugares onde as pessoas estavam a salvo de enchentes de rios, ataques de povos invasores e até do calor.


História

Quando os arianos adentraram à Europa (muito antes de Grécia e Roma existirem) como guerreiros supremos nos seus cavalos (se bem que não foi bem assim, a tese de disseminação e influência parece sobrepor a antiga tese de invasão e domínio), muitos povos se refugiaram nas colinas. Genética (genes) e culturas (memes) se conservaram por conta das colinas, serras, montes e montanhas.


Na Europa os homens dos alpes dináricos conservaram sua grandiosa estatura (estão entre os mais altos do mundo) por conta do isolamento genético. A região das Terras Altas na Escócia e da Cornualha na Inglaterra foram as duas regiões que melhor preservaram o folclore celta contra a cultura católica e anglo-saxônica por conta das montanhas e do isolamento. O Tibete na cordilheira do Himalaia conservou a religião Bon aliada ao budismo por séculos e quando os mouros invadiram a Ibéria, os asturianos resistiram porque se estabeleceram na cordilheira cantábrica – os pirineus foram um grande obstáculo para os mouros adentrarem a França e quando eles avançaram, foram derrotados na Batalha de Poitiers.


As montanhas não só protegiam contra ataques de povos invasores, como davam segurança contra enchentes de rios, já que a humanidade vivia nas planícies para se dedicar a agricultura e quando as pessoas observavam que as chuvas seriam muito intensas se dirigiam para as colinas ou montes. Com o advento das barragens, o problema agora se tornara outro: enchente sem chuva. Quando a barragem se rompia, todos sabiam: o lugar mais alto é o mais seguro!


As montanhas e os morros sempre foram sagrados para os povos antigos. Os deuses gregos habitavam o monte Olimpo, Móises se comunicou com Yeová no monte Sinai (e até hoje os evangélicos vão para montes e morros para orar e se comunicar com o Deus judaico-cristão), muitos yogues vão meditar no Himalaia e no Japão o monte Fuji também era morada dos deuses. Mas tudo isso era porque as montanhas estavam mais próximas do céu, lugar onde não só os homens buscavam proteção contra as turbulências do mundo; mas também a conexão com o espiritual.


Os povos arianos construíam kurgans (em inglês: tumulus) que serviam de túmulos para os reis e nobres. Os kurgans eram mini montanhas artificiais (feitos pelo próprio homem) a fim de proteger o túmulo e os pertences que iam junto com o morto. Desde tempos primordiais as montanhas, ou qualquer coisa que remetesse à elas, eram uma ligação entre os humanos e os deuses. O kurgan mais famoso é o Issyk Kurgan onde foi encontrado o Príncipe Dourado (Golden Man Issyk Kurgan), os kurgans eram muito presentes na cultura cita, povo ariano que habitou as estepes da Eurásia na alta antiguidade. Na imagem: Kurgan do rei Alyattes em Bin Tepe na Lídia, hoje Turquia, construído por volta de 560 a.C. É um dos maiores kurgans já construídos, com um diâmetro de 360 metros e 61 metros de altura. Fonte da imagem: Pinterest