A cantora Zazie (à esquerda) e Enya (à direita).
Fonte
das imagens:
Não que no Brasil não tenhamos artistas de qualidade
(como Rita Lee, Milton Nascimento, Clara Nunes – já falecida, Elis Regina –
também já se foi e tantos outros...), mas elas têm uma arte pueril, um tanto
divina, filosófica e as considero como duas fadas por tudo isso, já citado.
França
e Irlanda novamente
Como os mais brilhantes escritores na minha opinião:
Pierre Boulle e Jonathan Swift, ambas compartilham a mesma nacionalidade que os
dois. Pierre, um francês que é lembrado pelo livro O Planeta dos Macacos (La Planete des Singes) que deu origem
aos filmes e fez críticas a sociedade humana e Jonathan, um irlandês lembrado
por As Viagens de Gulliver (The Gulliver's
Travels).
O
espírito celta?
Não acho que é etnocentrismo, achar que Irlanda e
França tem uma reflexão que vem do povo celta, dos povos arianos foram os mais
bondosos, complacentes e reflexivos. E como tudo que é bom nesse mundo: parece
que sobrou pouco. Nesse mundo a covardia e a maldade sempre vencem.
Cantoras
sem singles, mas de grandes músicas
As músicas de ambas não só comerciais, há quem diga
que se Zazie cantasse em inglês, assim como Enya o fez, teria um sucesso igual
ou maior, mas o orgulho de sua língua torna Zazie uma Joana D’Arc, não pelo
nacionalismo, mas por honrar sua origem e língua.
Outra coisa que as difere é que poucas de suas
músicas são envolventes no quesito harmonia e ritmo.
Em Enya destacou-se: Orinoco Flow, Exile, May It Be, Only Time e Amarantine que trazem auto-estima e
conforto.
Em Zazie não seria tão diferente, mas mais filosófico, de suas
músicas Rodeo, Je Suis Un Homme, Polygame,
Tout Le Mound e Temp Plus Vieux trazem filosofia e um ritmo sem igual cada uma.
O
que as difere das cantoras inglesas e norte-americanas
Annie Lennox e Madonna são sensacionais em muito de
seu trabalho, mas se renderam ao amadorismo, deixando de lado a figura da
cantora preocupada com o mundo e a influência da música nele; enquanto Enya e
Zazie continuaram na sua linha: filosófica e reflexiva.
Madonna teve seu alto em Ray of the Light, considerado seu maior trabalho e usou o pop de
uma maneira que nenhuma outra cantora usou: para refletir, pensar e criticar;
mas se rendeu à vaidade e ao produto comercial tão usado nos Estados Unidos:
vender é tudo.
Annie Lennox embora tenha um trabalho voltado ao
combate na AIDS, não há muito nas suas músicas que se pode aproveitar, pois o
verdadeiro combate se começa na cabeça e não na raiz (Zazie e Enya atingem a
cabeça e trazem uma filosofia).
O mais incrível é que Annie Lennox chamou Madonna
para cantar a música Sing que tinha
por objetivo levantar fundos no combate a AIDS, a música, com ritmo e letra
ruins, deixou a desejar, embora sua atitude fosse boa.
Duas
fadas
Inteligentes, diferentes, marcantes e acima de tudo:
filosóficas. Considero, tanto Enya quanto Zazie, duas fadas que como não podem
mudar seu mundo através da política, essa tão suja e cheia de podridão (Madonna
e Annie são amadoras perto delas); tentam mudá-lo através dos sons e de suas
letras que infelizmente a maioria por ignorância não gostam de ouvir.
Para muitos Enya parece inerte, hipócrita e isolada
em seu castelo na Irlanda e Zazie cega ao neonazismo na França; mas para quem não
sabe Enya conhece o mundo e sobretudo seu país (a Irlanda mentirosa, vizinha do
Reino Unido mais sujo ainda) e se mantem calada, apenas cantando com suas
letras que trazem pensamentos e idéias.
Enya não pode falar, então canta para ajudar aqueles
que buscam uma luz no fim do túnel ou harmonia num dia frustrado. Ouça Enya uma
vez e verá o quanto sua vida mudará, seja pelo ar angelical ou pelo sossego!
Já Zazie compôs Tout Le Mound que foi uma resposta
aos conservadores franceses. A letra da música simplesmente diz que todo mundo
é bonito, independente de que cor, sexo ou sexualidade tenha!