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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Zazie e Enya: duas cantoras que não devem ser esquecidas






A cantora Zazie (à esquerda) e Enya (à direita).

Fonte das imagens:
 

Não que no Brasil não tenhamos artistas de qualidade (como Rita Lee, Milton Nascimento, Clara Nunes – já falecida, Elis Regina – também já se foi e tantos outros...), mas elas têm uma arte pueril, um tanto divina, filosófica e as considero como duas fadas por tudo isso, já citado.

França e Irlanda novamente

Como os mais brilhantes escritores na minha opinião: Pierre Boulle e Jonathan Swift, ambas compartilham a mesma nacionalidade que os dois. Pierre, um francês que é lembrado pelo livro O Planeta dos Macacos (La Planete des Singes) que deu origem aos filmes e fez críticas a sociedade humana e Jonathan, um irlandês lembrado por As Viagens de Gulliver (The Gulliver's Travels).

O espírito celta?

Não acho que é etnocentrismo, achar que Irlanda e França tem uma reflexão que vem do povo celta, dos povos arianos foram os mais bondosos, complacentes e reflexivos. E como tudo que é bom nesse mundo: parece que sobrou pouco. Nesse mundo a covardia e a maldade sempre vencem.

Cantoras sem singles, mas de grandes músicas

As músicas de ambas não só comerciais, há quem diga que se Zazie cantasse em inglês, assim como Enya o fez, teria um sucesso igual ou maior, mas o orgulho de sua língua torna Zazie uma Joana D’Arc, não pelo nacionalismo, mas por honrar sua origem e língua.

Outra coisa que as difere é que poucas de suas músicas são envolventes no quesito harmonia e ritmo. 

Em Enya destacou-se: Orinoco Flow, Exile, May It Be, Only Time e Amarantine que trazem auto-estima e conforto. 

Em Zazie não seria tão diferente, mas mais filosófico, de suas músicas Rodeo, Je Suis Un Homme, Polygame, Tout Le Mound e Temp Plus Vieux trazem filosofia e um ritmo sem igual cada uma.

O que as difere das cantoras inglesas e norte-americanas

Annie Lennox e Madonna são sensacionais em muito de seu trabalho, mas se renderam ao amadorismo, deixando de lado a figura da cantora preocupada com o mundo e a influência da música nele; enquanto Enya e Zazie continuaram na sua linha: filosófica e reflexiva.

Madonna teve seu alto em Ray of the Light, considerado seu maior trabalho e usou o pop de uma maneira que nenhuma outra cantora usou: para refletir, pensar e criticar; mas se rendeu à vaidade e ao produto comercial tão usado nos Estados Unidos: vender é tudo. 

Annie Lennox embora tenha um trabalho voltado ao combate na AIDS, não há muito nas suas músicas que se pode aproveitar, pois o verdadeiro combate se começa na cabeça e não na raiz (Zazie e Enya atingem a cabeça e trazem uma filosofia).

O mais incrível é que Annie Lennox chamou Madonna para cantar a música Sing que tinha por objetivo levantar fundos no combate a AIDS, a música, com ritmo e letra ruins, deixou a desejar, embora sua atitude fosse boa.

Duas fadas

Inteligentes, diferentes, marcantes e acima de tudo: filosóficas. Considero, tanto Enya quanto Zazie, duas fadas que como não podem mudar seu mundo através da política, essa tão suja e cheia de podridão (Madonna e Annie são amadoras perto delas); tentam mudá-lo através dos sons e de suas letras que infelizmente a maioria por ignorância não gostam de ouvir.

Para muitos Enya parece inerte, hipócrita e isolada em seu castelo na Irlanda e Zazie cega ao neonazismo na França; mas para quem não sabe Enya conhece o mundo e sobretudo seu país (a Irlanda mentirosa, vizinha do Reino Unido mais sujo ainda) e se mantem calada, apenas cantando com suas letras que trazem pensamentos e idéias. 

Enya não pode falar, então canta para ajudar aqueles que buscam uma luz no fim do túnel ou harmonia num dia frustrado. Ouça Enya uma vez e verá o quanto sua vida mudará, seja pelo ar angelical ou pelo sossego!

Já Zazie compôs Tout Le Mound que foi uma resposta aos conservadores franceses. A letra da música simplesmente diz que todo mundo é bonito, independente de que cor, sexo ou sexualidade tenha!