Mensagem colocada na sessão Fale com o Deputado, mas por exceder os caracteres e para comprovar que realmente a enviei posto aqui.
Por Vagner Cariolato Caldas
Para: deputada Maria do Rosário (PT-RS)
Olá deputada Maria do Rosário! Pra começar votei na
senhora, por sua luta contra a desigualdade social e em questões de direitos
humanos. Mas além destas questões, estão problemas na área da tecnologia da informação que deixam
nosso país num embaraço anti-democrático e por isso: deixam as empresas de
hardware e software lucrarem horrores e enganar os consumidores.
Meu
relato:
Eu como leigo no mundo da informática me deparei com
um problema gigantesco quando resolvi formatar meu computador: faltava assistência
técnica da loja e os drivers para eu poder eu mesmo formatá-lo.
A lei atual vigente no Brasil não dá voz ao
consumidor de software e hardware. Nem sequer dá voz aos problemas que envolvem
o mundo da computação! O marco civil da internet, por exemplo, só defende a
integridade moral de um individuo; no passo contrário: o consumidor que tem a
necessidade de um simples notebook para estudar (como eu) se vê num emaranhado
de mentiras e trapaças das empresas de hardware e software e de técnicos de
informática com seu típico roubo de peças.
Peço
a criação, por meio da senhora, de um projeto de lei que altera a lei de
software e hardware no Brasil
Começando com a parte funcional e didática (para
leigos).
->
O uso de termos leigos para o público que não é expert em informática: Como um simples parecer
sobre o produto que está sendo comprado. Exemplo: este produto é ideal para uso
simples, não é indicado para jogos e processos que exijam muito do computador.
->
Assistência técnica da loja: o computador diferente
de uma TV, não é um produto que vem pronto de fábrica. Ou seja: ele procede por
meio de formatações, instalações de programas e exige um técnico de informática
em cada loja em que seja vendido, pois se
o usuário quiser trocar de sistema operacional tem que depender de terceiros
(técnicos de informática que em sua maioria roubam peças e fazem um trabalho
desqualificado).
Foi o que me aconteceu: não tive a escolha do
sistema operacional que desejava (o Ubuntu, um sistema livre) e o técnico de
informática roubou as peças de meu notebook. O prejuízo foi imenso, porque me
sinto um inútil desde os 15 anos lutando contra a psoríase e a depressão. Recebo
um salário minimo do governo federal que mal dá pra pagar as despesas com
remédios, pomadas e alimentação.
->
Cd contendo os drivers e cd contendo o sistema operacional: quando
comprei meu notebook ele não veio com um cd de drivers e nem sequer um cd do
sistema operacional para uma futura formatação. A empresa criadora do produto (computador
fábricado pela Asus) praticamente não liga para o consumidor, do mesmo modo é a
revendedora (loja) que só se preocupou em vender o produto.
->
Do problema democrático na área: a Microsoft usa de seu
poder e influência pra lucrar demasiadamente com programas auxiliares como
Microsoft Office e outros processos que exigem dinheiro do consumidor. Vemos um
problema gigantesco: o Linux (sistema livre) não tem endosso do governo
brasileiro, é visto pela maioria como um lixo gráfico!
Há uma aliança comercial entre a Microsoft e as
empresas de hardware que ameaça a democracia virtual! Deixando o usuário num sistema
anti-democrático. (vide: União
Européia multa Microsoft em US$ 357 milhões por monopólio
em: http://oglobo.globo.com/sociedade/tecnologia/uniao-europeia-multa-microsoft-em-us-357-milhoes-por-monopolio-4575126)
->
Do investimento do governo federal no projeto Linux e da ampliação de sistemas
operacionais livres no Brasil: o Linux é mais seguro,
é livre e o governo não investe o que deveria. Está aí o Ubuntu, mas seu uso é
restrito devido problemas de compatibilidade com hardware (vide: Do problema democrático na área).
->
Da volta das máquinas de escrever então: se o governo acha um
problema muito caro pros cofres públicos e acha a internet muito insegura para
se guardar dados (palavras chave para busca na web: Edward Snowden e Wikileaks
internet secure) então trazer de
volta as máquinas de escrever que não precisam de internet, a pessoa e a
empresa (pública ou privada) estão a salvo
de um roubo de dados e não se
precisa pagar luz que está um absurdo de cara.
Deixo aqui meu descontentamento e espero que a sua
assessoria lhe informe sobre meu relato na esperança de mudarmos uma área que é
vital para o país: a da tecnologia da
informação.
Na esperança de uma pátria justa e democrática.
Grato pela atenção!