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sábado, 16 de março de 2019

As 100 cidades com mais de 100 mil habitantes com maior número de HIV e AIDS em 2018 no Brasil



O ministério da saúde divulgou em 27 de Novembro de 2018 o boletim em pdf que mostra os estados, as capitais e as cidades mais populosas que possuem o maior número de pessoas com AIDS no último ano.



Conhecida em português como SIDA (Sindrome da ImunoDeficiência Adquirida) e no inglês AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome), se caracteriza por um quadro clínico onde o vírus do HIV ataca as células, deixando a pessoa com a imunidade extremamente baixa.

Diferente das gripes que ocorrem por contaminação respiratória e de manifestação rápida; a infecção pelo HIV se dá por via sexual e se desenvolve de maneira lenta e silenciosa até desenvolver a SIDA, o último estágio do vírus no organismo.

Por se tratar de uma doença epidêmica, por ser contagiosa e letal (a médio e longo prazo) faz parte da Lista Nacional de Notificação Compulsória de Doenças (Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016). A obrigatoriedade de se obter os dados é para se ter um número de indivíduos e locais para serem estudados, para depois se ter medidas públicas contra a disseminação do vírus.

As fontes usadas para saber o número de infectados pelo vírus do HIV foram: a contagem de pessoas que foram diagnosticadas com o vírus, os óbitos de pessoas com o vírus, os exames de sangue que essas pessoas fizeram e a contagem de pessoas que receberam os medicamentos para tratamento do HIV.



Dados

Entre 2007 e 2017 houve pequena diminuição nos casos de AIDS que atingiam homens e mulheres de cidades com mais de 100 mil habitantes e severo aumento de AIDS entre os jovens do sexo masculino entre 15 a 29 anos. Se no sexo masculino os mais atingidos são os jovens; com as mulheres é o oposto, houve um aumento de idosas infectadas.


O boletim informa que no período de 10 anos (2007 a 2017) aumentou de casos de HIV e AIDS entre homens homossexuais (59, 4%) e diminuiu entre homens heterossexuais (36, 9%). O boletim epidemiológico de HIV e AIDS de 2018 do estado do Rio Grande do Sul (que é um dos estados mais afetados pelo HIV), relata o contrário: o número de heterossexuais infectados pelo HIV no RS é maior do que o de homossexuais.



De 2007 a 2018 foram descobertos 247.795 casos de infecção pelo HIV no Brasil.
Desse total: os homens, que são minoria na população brasileira, continuam sendo os mais atingidos com 169. 932 (68, 6%) contra 77. 812 (31, 4%) de mulheres infectadas. A diminuição dos casos de HIV e AIDS entre 2012 a 2017 é quase irrelevante, diminuiu 3,4 por 100 mil habitantes.




Das 10 maiores cidades mais contaminadas pelo HIV, 6 são do Rio Grande do Sul.



Lista das cidades com mais de 100 mil habitantes com mais casos de HIV/AIDS no Brasil entre 2013 a 2017.


Entre as capitais Porto Alegre continua sendo a capital do HIV, com maior número de casos e São Paulo está de parabéns, pois mesmo sendo a capital mais populosa, é quase a última com menos casos de infectados.



São Paulo que é o estado mais populoso do Brasil ficou apenas com 16,0 de infectados para 100 mil habitantes, mostrando grande eficácia no combate a disseminação do HIV. A geografia, a história e a riqueza de São Paulo podem estar por detrás de tamanho êxito.


Na contramão se encontra Roraima que é o estado com menor população do Brasil, mas com vergonhosos 36,7 de infectados para 100 mil habitantes. Por ser um estado afastado, pobre e sofrendo com a crise migratória de venezuelanos que também trouxeram o sarampo para a região; tais fatores, talvez, sejam os responsáveis por um número tão elevado para um número tão pequeno de pessoas.


A maior queda de infecção pelo HIV foi no Rio Grande do Sul com 36% e a maior alta foi no Tocantins com 143% de novos casos, mas a mortalidade no Rio Grande do Sul causada pela SIDA (ou AIDS) continua sendo vergonhosa (9 para 100 mil habitantes). O número de infectados por seringas (caso dos usuários de drogas injetáveis) diminuiu.


A principal via de transmissão é o sexo e o grande problema, como já dito, é que a AIDS é uma doença que pode levar anos para se manifestar; podendo gerar uma epidemia no Brasil. Fica óbvio o aumento entre jovens do sexo masculino: num país onde não se tem futuro, os jovens só tem duas opções: ou se lançam nas drogas ou no mundo da libertinagem, e ambos muitas vezes estão ligados. 

O boletim também não revela as origens que levam as pessoas a fazer sexo sem proteção ou com diversos parceiros. A diminuição de infectados por seringas e o aumento de grávidas infectadas possivelmente está associado a popularização do crack. Contudo o que realmente faltou no documento foi relatar os motivos econômicos, sociais e psicológicos no documento, contudo nós já sabemos a resposta.