O
ministério da saúde divulgou em 27 de Novembro de 2018 o boletim em
pdf que mostra os estados, as capitais e as cidades mais populosas
que possuem o maior número de pessoas com AIDS no último ano.
Conhecida
em português como SIDA (Sindrome da ImunoDeficiência Adquirida) e
no inglês AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome), se caracteriza
por um quadro clínico onde o vírus do HIV ataca as células,
deixando a pessoa com a imunidade extremamente baixa.
Diferente
das gripes que ocorrem por contaminação respiratória e de
manifestação rápida; a infecção pelo HIV se dá por via sexual e
se desenvolve de maneira lenta e silenciosa até desenvolver a SIDA,
o último estágio do vírus no organismo.
Por
se tratar de uma doença epidêmica, por ser contagiosa e letal (a
médio e longo prazo) faz parte da Lista Nacional de Notificação
Compulsória de Doenças (Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de
2016). A obrigatoriedade de se obter os dados é para se ter um
número de indivíduos e locais para serem estudados, para depois se
ter medidas públicas contra a disseminação do vírus.
As
fontes usadas para saber o número de infectados pelo vírus do HIV
foram: a contagem de pessoas que foram diagnosticadas com o vírus,
os óbitos de pessoas com o vírus, os exames de sangue que essas
pessoas fizeram e a contagem de pessoas que receberam os medicamentos
para tratamento do HIV.
Dados
Entre
2007 e 2017 houve pequena diminuição nos casos de AIDS que atingiam
homens e mulheres de cidades com mais de 100 mil habitantes e severo
aumento de AIDS entre os jovens do sexo masculino entre 15 a 29 anos.
Se no sexo masculino os mais atingidos são os jovens; com as
mulheres é o oposto, houve um aumento de idosas infectadas.
O
boletim informa que
no período de 10 anos (2007 a 2017)
aumentou
de casos de HIV e AIDS entre homens
homossexuais
(59,
4%) e
diminuiu
entre
homens
heterossexuais
(36,
9%).
O boletim epidemiológico de HIV
e AIDS de 2018 do estado do Rio Grande do Sul (que é um dos estados mais
afetados pelo HIV), relata
o contrário: o número de heterossexuais infectados pelo HIV no RS é
maior do que o de homossexuais.
De
2007 a 2018 foram descobertos 247.795 casos de infecção pelo HIV no
Brasil.
Desse
total: os homens, que são minoria na população brasileira,
continuam sendo os mais atingidos com 169. 932 (68, 6%) contra 77.
812 (31, 4%) de mulheres infectadas. A diminuição dos casos de HIV
e AIDS entre 2012 a 2017 é quase irrelevante, diminuiu 3,4 por 100
mil habitantes.
Das
10 maiores cidades mais contaminadas pelo HIV, 6 são do Rio Grande do
Sul.
Lista das cidades com mais de 100 mil habitantes com mais casos de HIV/AIDS no Brasil entre 2013 a 2017.
Entre
as capitais Porto Alegre continua sendo a capital do HIV, com maior
número de casos e São Paulo está de parabéns, pois mesmo sendo a
capital mais populosa, é quase a última com menos casos de
infectados.
São
Paulo que é o estado mais populoso do Brasil ficou apenas com
16,0 de infectados para 100 mil habitantes, mostrando grande
eficácia no combate a disseminação do HIV. A geografia, a
história e a riqueza de São Paulo podem estar por detrás de
tamanho êxito.
Na
contramão se encontra Roraima que é o estado com menor
população do Brasil, mas com vergonhosos 36,7 de infectados para
100 mil habitantes. Por ser um estado afastado, pobre e sofrendo com
a crise migratória de venezuelanos que também trouxeram o sarampo
para a região; tais fatores, talvez, sejam os responsáveis por um
número tão elevado para um número tão pequeno de pessoas.
A
maior queda de infecção pelo HIV foi no Rio Grande do Sul com 36% e
a maior alta foi no Tocantins com 143% de novos casos, mas a
mortalidade no Rio Grande do Sul causada pela SIDA (ou AIDS) continua
sendo vergonhosa (9 para 100 mil habitantes). O número de infectados
por seringas (caso dos usuários de drogas injetáveis) diminuiu.
A
principal via de transmissão é o sexo e o grande problema, como já
dito, é que a AIDS é uma doença que pode levar anos para se
manifestar; podendo gerar uma epidemia no Brasil. Fica óbvio o
aumento entre jovens do sexo masculino: num país onde não se tem
futuro, os jovens só tem duas opções: ou se lançam nas drogas ou
no mundo da libertinagem, e ambos muitas vezes estão ligados.
O
boletim também não revela as origens que levam as pessoas a fazer
sexo sem proteção ou com diversos parceiros. A diminuição de
infectados por seringas e o aumento de grávidas infectadas
possivelmente está associado a popularização do crack. Contudo o
que realmente faltou no documento foi relatar os motivos econômicos,
sociais e psicológicos no documento, contudo nós já sabemos a
resposta.