Relógio símbolo do tempo, a maioria das pessoas não tem tempo para ler; e na escrita um grande espaço preenchido por um grande texto ocupa um grande
tempo!
“Seja curto e grosso” e “Tamanho não é documento” são dois
ditados populares, dentre os muitos que existem, que expressam de que o tamanho
não significa nada. Darwin corrigiu que “o mundo não era dos mais fortes, mas
sim dos mais bem adaptados ao meio-ambiente”!
Afinal: o que é
espaço-tempo?
A noção mais popular vem de Einstein que dizia que espaço e
tempo são a mesma coisa, e se não o são pelo menos estão muito interligados. Entenda
como espaço-tempo: a distância de 1
km que você andando a pé (não tão rápido, não tão
devagar) demoraria meia-hora para percorrer, e uma hora para ir até uma ponta a
outra! O espaço é uma coisa e a demora a percorrê-lo é o que chamamos de tempo.
Enquanto tu lê esse texto, note que ele ocupa um espaço e
quanto mais tu lê, mais tempo gasta! Entendeu? Isso é espaço-tempo!
Nas obras literárias
O que mais vemos são livros em sua maioria livros com muitas
páginas e com conteúdo fraco, tanto livros literários quanto acadêmicos. Boa
parte da justificativa do porquê de tais livros serem demasiadamente cansativos
e fracos de conteúdo seja a desinformação dos autores que o publicam (caso dos acadêmicos),
o amadorismo (visto na literatura) e a falta de noção do espaço-tempo (comum em
boa parte dos seres humanos).
Na literatura, por exemplo, temos um livro chamado O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint
Exupéry, autor francês, na lista dos best-sellers mundiais simplesmente não só
por conta da sua história, filosofia e linguagem; mas porque é mais fácil de ler
do que O Planeta dos Macacos de
Pierre Boulle, também francês, e que tem igual importância literária tanto por
sua história (que diferente do pequeno príncipe não é fantasia, mas ficção
cientifica), filosofia (a critica ao homem) e a linguagem (mais comum).
O que difere essas duas obras, desses dois autores francês,
é simples: o estilo de narrativa. Enquanto Boulle usa a narrativa
anglo-saxônica, que tem mais detalhes, observações e divagações; Exupéry se
rende a uma narrativa mais latina, igualmente filosófica, só que mais curta e
grossa.
Nas obras acadêmicas
Já no meio acadêmico é de certa forma louvável que se tenha
uma narrativa ou dissertação mais comprida para acrescentar teorias,
observações, descobertas cientificas e material de diversos estudiosos para ajudar
na tese levantada no livro. Contudo a falta de gravuras nos livros, gráficos e
tabelas tornam pior sua leitura, isso sem contar se o livro contiver poucos capítulos.
O cientista de certa forma usa o tempo para tentar provar
sua tese, contudo quanto esse tempo excede e se ele não tiver o pingo de teoria
literária ele perde o leitor, sobretudo o leitor comum (que não é um cientista)
já no primeiro capítulo, quando não no prefácio!
Divagações, ou melhor:
enchendo linguiça e andando em círculos
Não adianta o livro ter uma história ou tese boa se o autor
se render ao amadorismo (em que se esquece do espaço-tempo e que o leitor
muitas vezes não disfruta de tempo para lê-lo) ou do velho hábito de querer o
livro ou o texto para dar o ar de entretenimento ou grande conhecimento. A maioria
dos livros e textos são vagos e andam em círculos, é o “ler para emburrecer”!
Na literatura e no cinema temos o exemplo de histórias que
eram contos e que foram transformadas em novelas! Começando pela adaptação dos
contos de fadas pelo cinema norte-americano e acabando autores de best-sellers.
Já no meio acadêmico é uma tese ou teoria que precisa ser preenchida com provas
e observações, mas que o autor em sua maioria expressa mais observações do que
provas tornando sua “teoria cientifica” nada mais do que produto literário pra
vender e não para fazer o leitor aprender e refletir!
YouTubers: a nova
classe dos enchedores de linguiça
O aumento dos Megabits (medida do número de dados, sinal) fez
com que surgisse uma nova classe de YouTubers:
aqueles que perdem a noção de espaço-tempo! Esses cometem o mesmo erro dos
antigos autores, sem dúvida a internet é uma adaptação mais próxima ao jornal;
contudo no jornal o espaço-tempo é mais limitado por motivos editoriais óbvios
do que uma obra literária que não carece de ser lida em um dia, porque há
outros artigos no jornal, geralmente noticias que necessitam ser lidas no mesmo
dia, sem contar que nem todos os artigos são relevantes ao leitor.
Ser mais curto e
grosso
Contudo em meio a tanto enchimento de linguiça, há ainda
aqueles que continuam a ser curtos e grossos e fazem sucesso por isso. O que
mais falta nesse mundo é altruísmo por parte dos autores em se colocar no lugar
das pessoas comuns, porque elas não dispõem de tempo, e o espaço de suas vidas
é ocupado por trabalho e quando chegam em casa elas preferem assistir uma série
de TV que não necessita de tempo, porque o espaço de sua narrativa é curto e não
necessita ser acompanhado (espaço) ou ao jornal de TV pelo mesmo motivo, embora
essa razão esteja mais ligada ao fato do cansaço de um dia longo de trabalho.